terça-feira, 17 de abril de 2012

A Família

A família deveria constituir o núcleo onde os jovens encontrassem segurança, compreensão, amor, alegria, confiança mútua, objetivos comuns e, onde, o diálogo resolveria todos os conflitos e o humor terminaria com todos os ressentimentos.

Em todas as famílias deveria existir uma organização e uma hierarquia, não só adquirida por herança, mas e também por imitação, identificação e educação, que, fundamentalmente, iria refletir-se na estruturação da personalidade das crianças e dos jovens.

No entanto, nas famílias atuais, nada desses valores são encontrados, se é que poderemos chamar-lhes de famílias autenticas!

Quando perguntamos a uma criança de tenra idade, o que faz depois de sair da escola, não raras as vezes ouvimos que: o pai sai de manhã para o trabalho e só regressa à noitinha, cansado e sem vontade nem paciência para o aturar, dialogar, brincar com ele e ajudar na sua orientação.

A mãe, com a devida vénia, também é obrigada a trabalhar fora de casa e acontece chegar a casa pelo mesmo horário do pai. Então perguntamos: o que faz essa criança, jovem ou adolescente depois das aulas? Se tem uns generosos avós que tenham idade, saúde e paciência, são o seu «porto de abrigo», se não os tem, a rua é, indubitavelmente a sua casa, durante horas a fio!

As crianças de hoje são, muitas das vezes, educadas por si mesmos, tomando o rumo que a sua sorte e consciência lhes indicar e a qualidade de amigos que conquistarem.

Umas têm toda a liberdade, para poderem ter tudo em quantidade. Explico-me: antigamente, havia verdadeiras famílias, ficando a mãe em casa, com a missão de procriar e educar as crianças, tendo ainda por missão a orientação das economias do lar, fruto, apenas, do trabalho do esposo e pai.

Nos dias de hoje, as exigências por parte das crianças e, sobretudo, dos jovens, leva as mães a terem de se emancipar e ter o seu próprio trabalho fora de casa, para, em primeiro lugar, não depender economicamente do esposo e, depois, por ter de satisfazer as exigências dos filhos que, não sendo suficiente, apenas um ordenado, o do esposo, para a compra de todos as tecnologias e produtos de marca, que a sociedade lhes impõe e, também, porque esses mesmos jovem quebram dos pais um pouco da sua solidão ou «abandono».

Todos estes fatores levou e continua a levar à desestruturação das famílias. Nunca antes houveram tantos divórcios e tão poucos casamentos como agora!

Por outro lado, as famílias hoje em dia estão dispersas, só se reunindo em dias de festas ou funerais!

É aceitável que não devemos levar as coisas ao extremo, impondo restrições demasiado radicais, mas entendo que também não devemos «arriscar» a dar a liberdade total, para que, especialmente, os adolescentes, caiam nas desgraças dos vícios, das dependências e das gravidezes indesejadas!

As famílias deixaram de se interessar pelas coisas de Deus, diminuindo, e… sem parar, a taxa de crentes praticantes, o que leva as famílias a uma desorientação quase total.

Konnie Sarmento

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