A fama é o reconhecimento duma pessoa, perante a sociedade; é a estima que alguém tem (ou goza), junto de outras pessoas.
Conseguir a fama por alguém a qualquer custo, é uma ilusão que implica, muitas das vezes, a perda dos valores que foram incutidos durante muitos anos, pelos educadores e mesmo a perda da dignidade.
Contudo, há quem ganhe fama através do seu próprio mérito; à custa de muito esforço e trabalho árduo!
Mas, voltemos ao primeiro caso – o da fama fácil e a qualquer custo. Vejamos o caso mais recente da trágica morte de um cronista conhecido, não só pelo seu trabalho na área da escrita, do jornalismo e, também, do social. Este último, que eu acho ridículo, pois só se promovem as «tias» da nossa sociedade, que vivem não se sabendo ao certo de quê, mas a realidade é que estão sempre presentes nas festas do «croquete», sendo, talvez nessas festas que se alimentam de verdade e para o resto da semana, para manter a silhueta.
Relativamente ao presumível assassínio, penso (e quem sou eu para julgar?), ser a maior vítima. Vítima da separação de seus pais; vítima da falta de uma figura paternal na sua vida durante a adolescência; vítima da almejada fama na moda, que nos tempos de hoje só se alcança com «cunhas»; vítima dos caprichos do próprio «padrinho», a quem veio a tirar a vida num crime hediondo e macabro, digno de um filme de terror; vítima da sua própria consciência; vítima da sociedade que temos… enfim, vítima principal em todo este macabro «caso».
Não se sabendo, ainda, as razões que o levaram a este acto condenável, resta-nos rezar pela alma de quem «partiu» (e que sempre previu e até desejou que assim fosse – naquela cidade) e muito mais ainda, por este jovem que vai «partir» aos poucos, num processo ainda mais sofredor e lento do que o daquele a quem tirou a vida.
Se tudo isto tivesse acontecido há meio século atrás, não se explorava tanto este assunto, dir-se-ia , apenas que foi assassinado um «doente» da nossa sociedade. Hoje, com as mentalidades mais abertas em relação às «pessoas diferentes», em que já são aceites pela sociedade em que vivemos, e até já têm todos os direitos que os demais, tudo se torna num «filme»!
Ao Renato, e como mãe, desejo-lhe a maior sorte do mundo no julgamento que se aproxima e nos dias difíceis que o esperam. Um beijo de apoio, para ti Renato!
O Homicídio
A morte não se tira
Porque é dádiva do Senhor!
É Ele que nos cria
E só Ele é o salvador!
A morte não se presume,
Temos de estar preparados!
Deus chama a qualquer momento
Sem aviso e sem chocalhos!
O homicídio é um crime violento,
Praticado contra a vida.
É um crime de efeitos permanentes,
Irreversível para a vítima.
Konnie Sarmento
