22–09–2012 - O Grande Dia
Porque
foste na vida
A
última esperança
Encontrar-te
me fez criança
Porque
já eras meu
Sem
eu saber sequer
Porque
és o meu homem
E
eu tua mulher.
Tom Jobim/Vinícios de Moraes
Chegou o «grande dia». O dia das emoções
fortes. O dia da perda e do ganho: outra teoria da matemática de que discordo.
Já falei da tese de que a partir do casamento, um mais um é igual a um e, falei
também da matemática das emoções, onde se aprende a
multiplicar, quando se aprende a dividir e só se aprende a ganhar, quando se
aprende a perder e, que só se aprende a receber, quando se aprende a doar.
Nesta
da perda e do ganho, é simples: quando perdemos uma pessoa para o matrimónio,
passamos a ganhar duas e consequentemente tudo que venha «em pacote»! Aumentamos
a família com o(a)respetivo(a) consorte, os compadres e o resto da outra
família, mas se não é tudo família, passamos a ter mais amigos, conhecidos no
«grande dia»…
Ena pah! E parece que são muitos:
advogados, médicos, deputados, prefeitos, políticos e nem sei mais quem… Tudo
gente da «alta»?! Mas eu sou tão «pequenina»! Ah, mas não estou só, tenho as
empregadas, a faxineira, a vizinha de cima, as amigas das amigas… tudo gente
boa!
Bem, vamos lá então, pessoal. Todos
vestidos a rigor, para a cerimonia da noite, que exige vestimenta de gala. As
senhoras de vestido comprido, pochete e sapatinho a rigor. Os cavalheiros…
esses mostram os seus fatos de «grife», e com o nó da gravata impecavelmente
bem feito. Os sapatos também mostram o seu brilho e a sola ainda com sinais de
pouco uso.
Os noivos?! Só podiam estar lindos de
morrer, não fosse este o seu grande dia – o mais importante das suas vidas!
Também é importante o dia em que nascem os filhos, mas este… é especial! É o
DIA da BODA!
Mas se não fosse importante o dia do
nascimento dos filhos… também não haveria dia da boda, essa é que é a grande
questão! E cá estou eu a filosofar! Bom, continuemos…
A cerimónia, estava marcada para as 21
horas. Que desperdício! Pensei que a esta hora só haveria reuniões de igreja! Mas
não, no Brasil, a noite é para «curtir» e o dia para «dormir». Perdão, estou a
pensar nos Alentejanos que trabalham pela fresca e dormem a sua sesta!
Mas realmente, a essa hora da noite
nunca eu pensaria assistir a um casamento, muito menos ser uma das
protagonistas! Mas mãe de noivo… é protagonista também, né, gente?
Vamos então «curtir» o casamento dos
nossos filhos.
Como manda a tradição, o noivo chegou
mais cedo acompanhado pela mãe, impecavelmente vestido pela Hugo Boss,
cumprimenta os convidados e prepara-se para subir ao altar pelo braço da sua
mãe – euzinha, em pessoa - trajada a rigor num vestido azul, comprido da
pró-novias. Seguindo-se a mãe da noiva, linda e elegante, acompanhada de seu
filho, também ele lindo, de porte atlético e muito elegante, já que o pai do
noivo… não estava presente; não fez por estar presente! Mas a vida é assim
mesmo, feita de alegrias e desilusões!
À saída do carro, as pernas começam a tremer
e as emoções começam a emergir e as forças começam a falhar. Vamos, mãe, o teu
filho precisa de ti neste momento! Também ele está trémulo da emoção, não fosse
esta a sua primeira vez (e espera-se seja a última). Cumprimenta-se quem já
chegou e recorda-se quem podia estar
presente e, não teve a coragem que a mãe teve em atravessar o Atlântico!
Espera-se pela noiva, que
tradicionalmente chegou atrasada alguns minutos, para não quebrar a regra.
A cerimonial contratada, encaminha os
convidados para os seus lugares e prepara o cortejo.
Dá-se início à cerimónia e o noivo entra na Igreja, ao som da música YOUR SONG, de Elton Johon. Simplesmente arrepiante!
A entrada das damas e padrinhos, fez-se ao som da música MARRIED LIFE.
Linda e radiante no seu vestido branco
imaculado, duma das melhores lojas de grif de Vigo, chega a noiva, acompanhada de seus meninos de
alianças (um casalinho de irmãos, lindos de morrer – abençoada mãe que deu à
luz uns filhos tão bonitos!). O pai da noiva, gentilmente lhe abre a porta do
carro e a ajuda a compor-se, não vá ela ter amachucado o vestido no automóvel
da cerimonial, contratada para o efeito. Tudo perfeito e coincidente com tudo
que se sonhou!
Todos entram na Igreja de Sto. António,
impecavelmente decorada para uma cerimónia, que se foi pensando durante um
longo ano de preparativos (devo referir que as igrejas no Brasil, não permitem
muita decoração, nem tão pouco permite que se atire sobre os noivos o
tradicional arroz, símbolo de fertilidade, e pétalas de rosas).
A noiva foi a última a entrar, passo a passo,
sem pressas e ao ritmo da marcha nupcial DE MENDLL e muito bem acompanhada por
seu pai, como «anjo protector»!
O encontro dos noivos, foi de emoção e alegria! O longo abraço
do pai dela ao noivo quando lha confia… foi de grande comoção, também!
Os noivos ladeados por pais e padrinhos,
é altura de começar a cerimónia.
Ponto alto e de emoção, foi a bênção das
alianças ao som de AVÉ MARIA, de SHUBERT.
A cerimónia religiosa foi linda e de uma
enorme profundidade religiosa e invulgar, já que foi dada pela primeira vez a
comunhão à noiva e pela mão do noivo, e esta, a convite do celebrante, retribuiu
ao seu já esposo!
Boda concluída é tempo de fotos e de
diversão pela noite fora, acompanhada de bons acepipes, bons vinhos, boa música
e outras coisas mais. A abertura do bolo
de noivos, foi no início, regada por bom champanhe e um lindo fogo de
artifício, sob a Lagoa de Pampulha.
A abertura do baile foi ao som da VALSA
- PELA LUZ DOS OLHOS TEUS, mas as músicas que se seguiram… simplesmente demais!
Não fossem os noivos excelentes dançarinos!
A sensualidade de ambos, levou todos ao rubro com a música THE DAY OF MY LIFE e,
novos e velhos, não pararam de dançar até ao final da festa.
Fez-se homenagem ao pai da noiva, que ao
virar da meia noite, completava 60 anos e foi surpreendido pela filha com uma
justa homenagem e o convite para dançar GRAÇAS À VIDA, de Mercedes Sousa,
acabando por ser partilhada pelos mais chegados. Lindo e merecido, Sarah!
Todos os momentos que se seguiram, foram
de «pura magia», de uma felicidade contagiante e cada passo de dança e cada
copo bebido, tudo confinava, para uma noite plena de felicidade, só terminando
com a conclusão da música, muito perta das cinco da manhã do dia seguinte.
O tema do casamento e decoração foi «o
coração de Viana» (não fosse o noivo oriundo dessa belíssima região). Miriam
Maia Eventos, casa 1, foi a responsável por toda a festa. A boda foi
fotografada pela melhor fotógrafa de Belo Horizonte, Ana Paula Aguiar –
fotografia, sob o tema «casando por Amor em Belo Horizonte». O filme, foi feito
por LifeMotion. O celebrante foi Pe. Admir Ragazzi. O DJ contratado foi o LuisSoundPower,
que animou os convidados até às 5 horas da manhã do dia seguinte. O local da
celebração da boda, foi a Igreja de Sto. António, no Bairro de Lourdes em Belo
Horizonte.
Missão cumprida, é tempo de agradecer a
todos quantos se empenharam e intervieram nesta cerimónia, e um especial bem
haja a três pessoas maravilhosas e verdadeiras amigas que, sem olhar a
distâncias e a despesas, se deslocaram propositadamente a Belo Horizonte para
marcar presença na boda do amigo de longa data. Obrigada Jessica, Jenny e Sue,
pela vossa presença. Aos pais da noiva, sem
palavras para descrever o agradecimento, a hospitalidade, o acolhimento, a
gentileza, as tertúlias e os gastos de toda esta festa linda que fizeram
questão de oferecer aos noivos.
Aos que não quiseram estar presentes, um
muito obrigada, na mesma, mas a festa sem eles… foi de facto a mesma coisa, ou
ainda melhor!
É tempo de regressar ao ritmo do
quotidiano, rever os que deixamos e, já com uma pontinha de saudade e vontade
de regressar, só me resta rezar para que tudo dê certo e que sejam felizes para
sempre, como nos contos de fadas.
Quando se viu
Uma vez só
A luz da felicidade
No rosto
De quem se ama,
Sabe-se que o homem
Não pode ter
Outra vocação
Senão fazer brilhar essa luz
Nos rostos que o rodeiam.
Eu precisarei sempre do meu filho,
Não importa a idade que eu tenha.
O meu filho, fez-me rir… fez-me chorar…
Fez de
mim uma mãe orgulhosa!
Abraçou-me muitas vezes, fortemente…
Fez-me cair com as suas brincadeiras…
Acarinhou-me e deu-me força e coragem…
Entusiasma-me a ser forte, e
Põe-me louca algumas vezes!
Mas, o meu filho é uma dádiva de Deus, que
Amarei para sempre, como uma parte de mim!
E
Terá uma amiga para sempre!
Amo-te, meu filho e sinto muito a tua falta!
LOVE FOREVER
konnie Sarmento